21 de ago. de 2013

uma reflexão sobre a vida e o que somos ou poderemos ser

Acho que o que somos de fato é um “nada”, esse nada chamado por alguns crédulos de “essência divina” quando habita um “corpo” ativa um sistema “pensante” que dá “vida” (anima) ao corpo e aciona a roda da vida, uma existência se inicia, que poderá ser muito interessante ou medíocre. A maioria das existências é medíocre, porque quase sempre essa essência divina encontra um veículo defeituoso, um corpo com condições limitadas, não apenas física, mas sobretudo intelectualmente comprometida (talvez em razão de um carma ou não). Ah! E em franca deterioração, um corpo nasce e em poucos anos atinge seu ápice e a partir daí já entra em declínio, vai perdendo o vigor, o viço e a beleza, as expressões que dizem que a vida começa após os 30, 40 ou 50 anos é apenas para consolar mortais apegados a esta existência. A vida se resume em nascer, crescer, viver e morrer. Até hoje nenhum homem fez diferente, salvo um ou outro mito que serve para motivar a existência humana iludida pela possibilidade de vida após a morte. Não há. Talvez exista uma outra vida, a continuidade faz parte do desejo nato do homem de vida eterna e apego pelas coisas. Okay. Imagino que se você chegou até esta parte do texto achou funesto e depressivo ao extremo, niilista e forçadamente ateu. Mas não é, simplesmente e pretenciosamente pretendo dizer que a vida é muito simples, totalmente “liberta” de dogmas ou mitos, não é diferente da vida daquela flor que você vê surgir no seu belo jardim, de repente do nada ela surgiu entre a ramagem verde, um inexpressível botãozinho que cresceu e um dia desabrochou e uma linda flor de cor vibrante ou suave, cheiro marcante ou sutil tomou toda atenção do jardim por uns dias, em alguns casos por apenas poucas horas, e depois foi perdendo a força, o viço, a beleza e a vitalidade deu lugar aos primeiros traços da decadência, murchou, perdeu a cor, caiu, se perdeu na terra… Deixou de existir. Se por um lado o intelecto do homem o distingue de todas as outras criaturas e é capaz de criar meios para melhorar a existência no planeta, ou piorar, e curar doenças e criar outras tantas, a mesma mente também precisa criar respostas para as perguntas sem respostas, aí surgiu a ficção. Se olharmos as coisas e as vermos como elas são, encontraremos as respostas que buscamos, tudo é tão simples, e nessa simplicidade encontramos a iluminação e capacidade de enxergar as realidades.

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