16 de fev. de 2013

a felicidade

O estado de felicidade é irreal, nos tira do bom e sólido chão (e real de verdade) e nos faz pensar que vai ser sempre assim (oba-oba). Não vai.

Explico, antes que pensem que eu não acredito na felicidade, me refiro a felicidade terrena que a maioria das pessoas almeja, felicidade ao lado de alguém "especial", felicidade com esta ou aquela realização material. Infelizmente posses e nem aquela pessoa "especial" trazem felicidade. A verdadeira felicidade transcende o conceito de felicidade terreno.

A alegria e o contentamente sim são atitudes e um estado daquele que evoluiu e se libertou dos desejos, dos vícios e dos encantos mundanos.

É importante estar consciente que o mundo é o terreno fértil para a evolução. O exercício do livre arbítrio permite que se acelere (ou atrase) a evolução, ainda que a alquimia da evolução aconteça no TEMPO, intrinsecamente ligado às leis cósmicas.

Dificilmente as realizações que valem a pena acontecem em curto ou médio prazo, olhe para trás, veja que as suas conquistas mais importantes e, sobretudo, duráveis são aquelas que levam meses e até anos para acontecer. Por isso uma faculdade tem em média 4 ou 5 anos de duração e uma pós-graduação que transformará o graduado em mestre ou doutor leva tempo igual. Desconfie de tudo que cozinha em 3 minutos, é fraude, não é soboroso.

No tarot os arcanos O Papa ou O Eremita são arquéticos que ilustram as conquistas importantes, o primeiro se relaciona com aquelas que precisam ser reconhecidas por instituições estabelicidas e aceitas, nada mais alicerçado na tradição que o papado. O outro arcano está carregado de simbolismo da sabedoria contemplativa que foi adquirida em uma vida inteira de experiências, aprendizado e contemplação, é claro.

O contentamento depende do desapego, necessário para aceitar as mudanças e impermanências das coisas da vida, daquelas que nos cercam, principalmente das realizações e conquistas, mesmo que conquistemos por direito, ainda assim estamos sujeitos a perder, coisas tem data de validade, pessoas vão embora ou até mesmo morrem.

A felicidade que vislumbramos nesta vida é um reflexo distorcido da verdadeira felicidade que só é possível quando o espírito/alma atingir a perfeição. 

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