15 de mar. de 2015

A vontade e o desejo

Gosto de pensar, o que não quer dizer que seja assim mesmo, que a vontade é ponderada na razão, é resultado de uma tomada de consciência que nos leva a buscar a realização por meio de um projeto que pode ser realizado, ou seja, dispõe de base concreta para ser realizado, não se trata de um sonho utópico e fantasioso, como por exemplo, ganhar um prêmio de loteria e mudar de vida, isso até pode acontecer, mas não consigo ver isso no fértil campo da vontade e nem mesmo como desejo, acho que está alojada naquele canto sombrio da mente humana onde a loucura e os delírios habitam.

Do outro lado da balança ou da corda, corda daquelas de brincar de cabo de guerra, um puxa de um lado e outro na outra ponta da corda puxa de lá, fica mais divertido se no meio houver uma vala de lama, o desejo. Realmente o desejo está sempre te levando para a lama, já notou? O desejo é irmão da vontade, o irmão adolescente, ansioso, precipitado e principalmente impulsivo, em geral pensa querer uma determinada coisa ou pessoa, mas logo em seguida descobre que não quer mais, na realidade nunca quis. O desejo sempre nos mete em enrascadas, seja na atitude impensada de declarar sentimentos por alguém ou na hora de passar o cartão crédito naquela comprar de vitrine, você vê a coisa e no momento seguinte já dentro da loja pagando. Nem é preciso dizer que a possibilidade daquilo ir parra num canto e nunca encontrar uma utilidade é muito grande. Sem falar no estrago que esses rompantes alimentados pelo fútil desejo causam à fatura do cartão.  

Vontade e desejo são resultado de uma mente bem treinada, no caso do primeiro ou mal treinada no caso do desejo. Nos próximos dias pretendo trazer reflexões que nos ajudam a encontrar o equilíbrio e consequente a tomar decisões certas que nos levam a realizações felizes e prósperas. Por ora pondere e reflita sobre a vontade e o desejo, qual habita o seu coração?

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