7 de jun. de 2013

página em branco

HJ precisei olhar o tarot pra mim, raramente faço isso, recorro pouco o tarot em causa própria, mas até mesmo eu às vezes me questiono sobre as coisas.



A primeira carta que tirei foi O Louco, que tanto pode ser o arcano 22 ou o arcano 0 (zero).

O que esse arcano queria me inspira ou como interpretá-lo sem ser tendencioso e sem corromper a leitura, que deve ser sempre imparcial.

Então meu mestre (mentor, espírito ou força que me orienta) me perguntou com clareza:

-- O que você vê nesta carta?

O que eu vejo? O arcano 22 é carta do desapego, de um horizonte amplo... E então me lembrei que na numerologia o número 11 é  um número mestre de cunho espiritual e o número 22 é um número mestre com ligação às coisas materiais, que grandes homens de negócios que se destacaram muito no mundo financeiro sempre estiveram ligados ao 22.

Novamente meu mestre me chamou atenção para a carta:

-- O que você está vendo na carta?

Então me ocorreu, meu tarot é de Marselha, ir embora e deixar tudo para trás levando quase nada. Depois me veio a definição do "andarilho" que vagueia geralmente acompanhado por um cachorro, na ilustração o arcano é seguido por um cão que pula nele, maltrapilho e aparentemente perdido, talvez sem esperanças e sem um destino. Não é uma interpretação auspiciosa. Tive um certo receio da carta e em seguido medo.

Novamente a voz que me acompanha desde 2008 e é fiel as interpretações e certeira me indagou:

-- O que você vê na carta?

Sempre vi o arcano maior O Louco como 22º segundo arcano do tarot, o ponto final depois do 21, do auspicioso 21. Então meu mestre disse: -- "O Louco é o ZERO, que não é ainda o começo, o começo é o 1, o zero é o nada." E em seguida me perguntou novamente o que eu via na carta.

Vejo uma página em branco. Respondi. Meu mestre meu sorriu satisfeito e se o visse tenho certeza que ele estaria balançando a cabeça afirmativamente com um largo sorriso.

Então ele me disse: "Uma página em branco é para ser preenchida, significa um novo começo, um novo ciclo, uma nova fase da vida, um novo capítulo, como se fosse uma tela em branco e nela será pintado um novo cenário, um novo quadro se faz necessário fazer."

E seguiu me explicando que a vida de tempos em tempos precisa ser reconfigurada.

Deixou claro que isso que não significa que devo fazer como o "andarilho" que larga tudo para trás e com quase nada sai errante pelo mundo. Não. Tudo o que tenho, permanece, é como se fosse minha herança de tudo que fiz e consequentemente recebi por direito conquistado. Porém, hoje qualquer laço ou cordão umbilical precisa ser rompido. Vem o novo.

Como eu havia tirado uma sequência de três cartas ainda havia a segunda carta com sua mensagem reveladora. A intenção era uma sequência que confirmasse numa sequência afirmativa.

A segunda carta: O Julgamento, o 20ª arcano maior. Novamente lembrando a figura do tarot de Marselha.

Na lâmina vemos: um anjo com uma trombeta anunciando um decreto divino. E na terra, aqueles que ressuscitaram, estão saindo das tumbas e parecem estar nus.

Nu é a nossa condição. Chegamos a este mundo nus e partiremos dele sem levar nada. Ainda que a cerimônia fúnebre nos cubra com uma mortalha e uma urna, sabemos que a materia vira pó e nada nos acompanha.

A carta, disse o meu metre, representa nossa condição de encarnados - NUs. Nada temos de fato, tudo que achamos que temos nos é dado ou melhor, emprestado para ser usufluido e administrado em prol do nosso bem e de outros.

Meu mestre me disse: "o que vem a seguir trata-se de um decreto divino".

E finalmente abri a terceira carta e encontrei o quinto arcano maior: O Mestre. Pessoalmente o número 5 é muito inigmático e ao mesmo tempo expressivo para mim, a carta dO Papa ou O Hierophant é igualmente significativo.

Mensagem recebida com sucesso!

Desculpem a interpretação é pessoal, não acho propício entrar em maiores detalhes, mas penso que esta reflexão em especial sobre o arcano maior O Louco é bastante instrutiva e poderá ser de proveito de todo aquele que ler este texto.

Com os melhores votos de paz e luz,

o Tarólogo, inspirado pelo seu Mestre

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