7 de jun. de 2020

A Imperatriz

A Imperatriz é o terceiro arcano maior do tarot, o primeiro, O Mago, corresponde ao estado mental e o segundo, A Papisa, ao espiritual, portanto, esta carta em estudo está relacionada ao estado físico e a matéria, o mundo e suas coisas.




Na ilustração do arcano a personagem da lâmina olha para a direita, portanto, para o futuro (no arcano interior, A Papisa, o olhar é para a esquerda, para o passado) e sua atitude está relacionada à atividade, ação e movimento. Trata-se da criatividade, do poder de fazer germinar, a explosão (cega) da matéria. As coisas BOOM acontecem. O ovo se abre e a cria sai da casca.

O arcano está correlacionado com a força vital. Trata-se de uma primavera, há fertilidade plena e passagem da virgindade para a criatividade. Se o arcano anterior está relacionado à virtude da virgindade, aqui se trata da descoberta do desejo e do potencial sexual. O poder criativo exercido com inteligência e uma primavera perpétua. 

Pernas abertas! Na carta a personagem está com a pernas abertas, representa a capacidade de tomar iniciativa, de ter pulsões dominadoras, o fogo criativo. Para entrar nela é preciso seduzi-la, o desejo de ser seduzida é uma das características, ainda que esteja sempre no controle e a palavra final seja sua. 

Seu traje vermelho (tarot de Marselha), ativo no centro e azul nas extremidades representa no azul a frieza externa, aqui se aplica a necessidade de sedução, trata-se também de uma frieza relacionada a sua condição real, afinal, ela sabe da sua beleza e do seu valor, porém não esconde que sob esse manto de frieza se encontra o fogo do prazer e do desejo. No arcano A Papisa o vermelho externo atraí como uma armadilha, enquanto seu azul interior é frio e se entrarmos nela talvez sejamos congelados e aniquilados. 

Aos pés d’A Imperatriz se encontra uma serpente branca, a energia sexual dominada e canalizada, prestes a se elevar à realização. A carta se resume em: atividade, sedução (ou deixar-se seduzir), prazer e CRIATIVIDADE. 

Uma primavera perpétua, então, uma abundância sem limites, um campo florido, um culto à beleza. Termino esta breve reflexão com dois conselhos que A Imperatriz nos daria se falasse - “deixe-se atravessar pelo desejo” e “a sedução é um estado místico”. E não se esqueça, a abundância é permitida, permita-se, crie, realize e seja muito feliz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário