8 de jun. de 2020

A Papisa ou A Sacerdotisa, a carta do isolamento social

A Papisa vive em clausura, isso a torna o arcano do isolamento social. Ela não sai de casa, do seu templo. Vive em estado de pureza, não se contamina com coisas do mundo exterior (como o coronavírus). É um arcano coberto pelo véu do mistério. Enquanto O Mago invoca seus poderes do mundo exterior, o poder d’A Papisa vem do seu interior. Ela é a guia para aqueles que desejam se aventurar pelas profundezas da mente até o acesso ao mundo espiritual/astral.




O segundo arcano maior não é a soma de 1+1. O dois desta carta é um valor puro em si. Trata-se de um número passivo e receptivo, simboliza uma reserva, uma promessa, um potencial. Seu estado é virginal ainda que A Papisa incube, mas sua gestação está relacionada com o sagrado divino. A Papisa é ao mesmo tempo material (corpo/vida na matéria) e espírito puro (virginal/reservada).

Ainda que A Papisa seja a Voz Interior (a intuição), ela representa a dualidade, por isso nem sempre a Voz Interior é confiável ou inteligível. E o aspecto sombrio desse signo a leva a uma passividade negligente, a uma virgindade obsessiva, a um mundo inconsciente fantasioso. Que reporta a um futuro desconhecido e sombrio. Uma vez que ela pode invocar forças ocultas, sua energia negativa pode se alastrar.

Sexualmente a carta está ligada à virgindade, portanto, a vida sexual relacionada A Papisa pode ser sublimada, na melhor das hipóteses, ou então pende para lado sombrio do arcano e se tornar uma frustração. Porque a vida sexual representada pela lâmina é inexistente. Por isso, pessoas de vida religiosa que estão obrigadas ao voto de castidade e celibato tem um via única de duas mãos, uma mão leva a uma vida de sublimação da sexualidade e a outra leva a frustração, insatisfação, sofrimento, agonia e queda. Particularmente acho que sublimação é um outro nome para frustração.

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